CUIDADOS COM A HOMOLOGAÇÃO DE FORNECEDORES

Uma de nossas atividades é proporcionar a terceirização do Departamento de COMEX dos nossos clientes, e nesse processo, uma das nossas preocupações é a homologação de fornecedores no exterior.

O processo de identificação dos produtos com as especificações necessárias junto a um fornecedor estrangeiro leva tempo e requer vários cuidados para sermos assertivos na compra. Sem contar que, uma vez a mercadoria estando aqui, a devolução, quando necessária, é morosa e, na grande maioria dos casos, não compensa correr atrás de um ressarcimento, em função do prazo demandado ou dos custos envolvidos.

Portanto, devemos ter um cuidado redobrado na escolha do fornecedor e do produto.

Em algumas importações é aconselhável a solicitação do envio de amostras. Mas, este recurso não se aplica à todas as situações. No caso de maquinário, por exemplo, a análise é feita a partir de manuais técnicos do produto e certificações emitidas por entidades devidamente capacitadas.

Um dos procedimentos que adotamos na homologação é a inspeção da carga, no fornecedor, que pode acontecer durante o processo produtivo ou ao final no momento do embarque. Infelizmente, é muito comum identificarmos problemas de qualidade nas peças nesta etapa, principalmente nas primeiras importações junto a um determinado fornecedor.

Certa vez, identificamos problemas em 50% de um lote de produtos, e como consequência as peças retornaram para a linha de produção para ajustes. Além de arcar com as despesas referentes aos ajustes necessários do produto, o fornecedor ainda teve que bancar um segundo processo de inspeção da carga.

Resultado: fizemos uma vistoria na recepção das cargas quando chegaram no depósito do cliente, e elas estavam todas em perfeito estado.

Neste caso, estamos falando de um produto acabado pronto para revenda. Já imaginou se ele chegasse aqui com problemas no acabamento ou de mal funcionamento?

Seu preço de venda seria reduzido e o cliente ainda teria que arcar com um custo adicional para reparo das peças.

E como ficaria sua imagem no mercado local, se fossem vendidos os produtos com defeito?

Todos estes pontos precisam estar contemplados no gerenciamento de riscos da operação. E com base nisso, apontamos os pontos críticos e tomamos ações para mitigar os riscos, como aqueles que apareceram na operação que acabamos de detalhar.